O FIO DA MEADA VII - “CONTRABANDO DE MINÉRIOS”

O FIO DA MEADA VII
“CONTRABANDO DE MINÉRIOS”


FIO DA MEADA VII
“CONTRABANDO DE MINÉRIOS”

O Brasil e a África do Sul, inegavelmente, são países minerais. Os EUA nem tanto, mas administra, adequadamente, suas reservas, estabelecendo o que deve ou não ser extraído e por quem. Prefere, por exemplo, importar petróleo do que consumir suas reservas.

A produção mineral na África do Sul corresponde a 35% do Produto Interno Bruto.

A produção mineral nos EUA corresponde a 7% do PIB de 10 trilhões de dólares.

No Brasil, a produção mineral declarada pelo Governo Federal (DNPM), equivale a apenas 1% do Produto Interno Bruto.

Levando-se em consideração, que nosso território, conforme tabelas abaixo compiladas, referentes à Amazônia, é o detentor, quase exclusivo, de reservas de “terras raras” e outros minérios estratégicos, como o Nióbio, de fabuloso valor, dos quais são carentes todos os países do chamado “Primeiro Mundo”, conclui-se que a produção mineral brasileira está sendo quase toda “desviada” para o exterior (contrabando), sem que as autoridades competentes tomem qualquer providência. 



O assunto parece tabú, o governo não se manifesta e a imprensa silencia, ao que parece, orquestrada pelo poder oculto, que se locupleta à custa da miséria do povo brasileiro. Nenhum jornal ou caderno de economia destaca a matéria. A revista que publicou as tabelas, que ilustram esta análise, foi penalizada com o corte de publicidade pelo BNDES, presidido pelo economista - banqueiro Mendonça de Barros, antigo militante da “AP”, Ação Popular, organização guerrilheira de ideologia esquerdista que se opunha aos governos militares nacionalistas.

As tabelas que seguem, foram publicadas pela revista “Carta Capital”, no período que antecedeu a “doação” da Vale do Rio Doce, mas não chegou a “sensibilizar” as autoridades para a questão mineral brasileira.

QUESTÃO ESTRATÉGICA
(Carta Capital 19/03/97 pg.70/72)
Dependência da Importação de Minério de Países Industrializados
Minério União Européia EUA JAPÃO

Nióbio 100% 100% 100%
Cobalto 100% 98% 100%
Manganês 100% 98% 98%
Tântalo 100% 91% 100%
Cromo 100% 91% 98%
Platina 100% 91% 96%
Bauxita 97% 91% 100%
Níquel 100% 70% 100%
Estanho 87% 83% 98%
Amianto 84% 85% 98%
Antimônio 91% 51% 100%
Vanádio 100% 42% 100%
Tungstênio 99% 52% 85%
Zinco 91% 57% 74%
Mica 83% 100% 36%
Ferro 79% 36% 99%
Titânio 100% 0% 100%
Fosfato 99% 1% 100%
Molibdênio 0% 100% 99%
Cobre 90% 14% 94%
Chumbo 76% 13% 78%
Prata 58% 36% 57%
Bário 18% 47% 36%

MAIS DO QUE OURO
Patrimônio Mineral da Amazônia
(Carta Capital)
Minério Valor US$ % Toneladas
Argila 462.605.963 0,03 184.340.000
Alumínio 49.724.496.040 3,09 3.861.000.000
Caulim 58.107.124.000 3,61 949.250.000
Calcário 8.532.065.000 0,53 2.522.350.000
Cobre 22.354.448.000 1,39 9.341.600
Cromo 345.052.000 0,02 2.960.000
Estanho 8.460.000.000 0,53 2.860.500
Ferro 315.330.502.500 19,58 17.705.250.000
Fosfato 867.546.000 0,05 15.000.000
Diamante 79.200.000 0 0
Gipsita 1.975.565.066 0,12 533.280.000
Linito n/d n/d 35.500.000
Manganês 5.970.636.000 0,37 90.300.000
Nefelina e
Sienito 1.478.000.000 0,09 70.000.000
Nióbio 1.067.519.000.000 66,28 81.490.000
Níquel 18.080.550.000 1,12 1.693.000
Ouro 7.690.231.271 0,48 599
Petróleo 340.000.000 0,02 2.266.667
Potássio 24.007.126.000 1,49 335.300.000
Pirofilita 425.430.000 0,03 77.000.000
Silício Metálico 16.242.744 0 11 400.000
Salgema 5.145.493.000 0,32 475.320.000
Tungstênio 18.831.135 0 5.850
Turfa n/d n/d 70.000.000.000
Titânio 13.456.160.000 0,84 18.184.000
Zinco 136.740.000 0,01 86.000
Total 1.610.523.044.712 100 0 96.984.088.216




O Presidente FHC jamais toca no assunto da produção mineral, conformando-se com a insignificante produção oficial; seu Ministro de Minas e Energia é o mais silencioso e discreto de todos, nunca tendo se manifestado em proteção à produção mineral brasileira.
As informações do Governo Federal sobre a produção e exportação de minérios são contraditórias. Os dados fornecidos pelo “Departamento Nacional de Produção Mineral” - “DNPM”, confrontados com os do IBGE, da CPRM e da Secretaria do Comércio Exterior não se afinam, confirmando os graves e fortes indícios de contrabando (Fio da Meada V) e fraudes às exportações.


Para obter o apoio do PMDB de Goiás, para o seu projeto de reeleição, o Presidente FHC nomeou o político Iris Rezende para o Ministério da Justiça.

Iris Rezende, segundo informações de geólogos do “DNPM”, condicionou seu apoio ao Presidente FHC à nomeação de homem de sua confiança para a presidência do Departamento Nacional de Produção Mineral - “DNPM”. A imposição, estranha à pasta da Justiça, faz sentido, considerando-se que o Sr. Leonidas Rezende, irmão do Ministro Iris Rezende, é presidente da Mineração de Nióbio de Catalão, Goiás, empresa sul africana, de propriedade da “Cia Anglo American”, controlada pelo grupo Rothschild de Londres.

Fato inusitado, foi a presença do Sr. Olavo Drumond, Prefeito de Araxá (maior produtora de Nióbio do mundo) na recente recepção ao presidente americano, Sr. Bill Clinton. Mais estranho, ainda, foi o Presidente FHC apresentá-lo a Clinton como “o prefeito da cidade mais importante do Brasil”. O interessante é que Clinton afirmou: “Conheço muito Araxá”. Os jornais publicaram esse diálogo.
É forçoso admitir, que o poder político no Brasil emana dos seus minérios, ou, por outra, do contrabando da produção mineral.
Segundo experientes geólogos, que já gerenciaram departamentos da CPRM, seria até modesto, estabelecer a produção mineral brasileira em 25% do PIB de R$ 800 bilhões de reais.

Conclui-se, que o contrabando de minérios, sem providência protetora alguma do Governo Federal, é de cerca de 200 bilhões de reais por ano, grande parte pelas esteiras do próprio Porto de Tubarão.
Urge, que providências sejam tomadas contra esse poder maligno e seus testas de ferro, políticos e empresários, que mantém o povo brasileiro na miséria, em um país tão rico. Somente incorruptíveis patriotas poderão tomar, com isenção, as providências necessárias para manter a integridade do território nacional e impedir o desvio de seus recursos naturais.

São Paulo, 25 de novembro de 1997
GRUPO DAS BANDEIRAS
ANTÔNIO JOSÉ RIBAS PAIVA
PRESIDENTE


OBS.: O dólar, à época desta matéria era cotado a 1 Real, portanto o contrabando é superior a US$ 200 bilhões por ano.

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